ADVERTÊNCIA

Este Blog contém algumas de minhas ideias, crenças e valores. Por não ter o objetivo de ser referência, não deve ser acolhido como "argumento de autoridade" e, muito menos, como verdade demonstrativa, cartesiana.

Aqui o leitor encontrará apenas reflexões e posições pessoais que poderão ser peneiradas e, por isso mesmo, rejeitadas ou aceitas, odiadas ou amadas. Assim, não espere encontrar fidelidade a alguma linha de pensamento ou a uma ideologia em particular. Permito-me a contradição, a incerteza, a hesitação, a descrença, a ironia; permito-me pensar.

Após as leituras, sei que uns concordarão, outros não, e haverá também os que encerrarão a visita levando uma pulga atrás da orelha. Não me importo. Se causar alguma reação, mesmo o desassossego, considero que atingi o meio. O fim fica por sua conta.

Abraços a todos e boa leitura.

PS: Acesse também: http://moisesolim1.blogspot.com.br/

quarta-feira, 20 de março de 2013

Evolução...

Um dos maiores problemas dos cristãos de todas as épocas é reconhecer que os escritores judeus foram pessoas comuns, restritos a seu tempo, a seu espaço, a seu nível de conhecimento, a seu estado de ser e crer no mundo, e que suas visões de Deus, portanto, são particularizantes e tendem a tornar-se, naturalmente, obsoletas quando tomadas, de maneira cega, fora desse tempo, desse espaço, dessas condições sócio-históricas e culturais. Querer transpor o passado ao presente, em estado "puro", simplesmente ignorando que as ideias e conhecimentos evoluem e mudam, é querer que a espiga se restrinja sempre à haste sem nunca dar milhos. Está-se indo mesmo contra a própria revelação continuada de Deus. De fato, Deus não se restringe a um conjunto de livros! A própria necessidade da existência desse conjunto literário já demonstra eficazmente que o homem não é capaz de revelar quem é Deus em sua totalidade, tendo em vista estar restrito às suas condições de imperfeição.  Reduzi-Lo a ele ou é por fanatismo doentio ou por más intenções.

O medo judaico-medieval de questionar emburreceu a cristandade, lançando-a no abismo, de um lado, do terror de tudo que mexe com o seu chão envelhecido e, de outro lado, da ignorância que, apesar de toda e qualquer necessidde a favor da evolução de conceitos e valores, se mantém "firme" no solo seco e irremediavelmente estéril de uma afirmação continuada doentia.
Não vejo Jesus fincando estacas no solo judaico para fundar a sua igreja, mesmo que os seus ideais estivessem saturados pelas orientações de seu tempo; não vejo Paulo construíndo sua tenda na submissão petrificada aos valores de seu povo. Cada um, a seu modo, permitiu-se evoluir teologicamente, mesmo que com isso contrariassem os mais respeitados representantes de seu tempo. É disso que estou falando.

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