ADVERTÊNCIA

Este Blog contém algumas de minhas ideias, crenças e valores. Por não ter o objetivo de ser referência, não deve ser acolhido como "argumento de autoridade" e, muito menos, como verdade demonstrativa, cartesiana.

Aqui o leitor encontrará apenas reflexões e posições pessoais que poderão ser peneiradas e, por isso mesmo, rejeitadas ou aceitas, odiadas ou amadas. Assim, não espere encontrar fidelidade a alguma linha de pensamento ou a uma ideologia em particular. Permito-me a contradição, a incerteza, a hesitação, a descrença, a ironia; permito-me pensar.

Após as leituras, sei que uns concordarão, outros não, e haverá também os que encerrarão a visita levando uma pulga atrás da orelha. Não me importo. Se causar alguma reação, mesmo o desassossego, considero que atingi o meio. O fim fica por sua conta.

Abraços a todos e boa leitura.

PS: Acesse também: http://moisesolim1.blogspot.com.br/

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A RAPOSA E OS BURROS

Moisés Olímpio Ferreira

Unidos pelo interesse, muitos burros reuniam-se freqüentemente para discutir sobre como dominar a floresta. Tentavam encontrar alguma resposta a esse anseio, mas a dificuldade era ainda maior porque pensar não conseguiam. Estavam todos azurrando ao mesmo tempo e apenas as vozes dos mais espertos se distinguiam:

- Vamos nos unir e determinar que a água da floresta seja somente nossa!

- Não, não... Vamos lutar contra todos os animais e vencê-los!

- Ouçam: Sejam mais corajosos! - disse um de grandes orelhas - Vamos fazer uma grande marcha e declarar que a floresta é nossa!

Nessa disputa de idéias asinais, surge a raposa e em tom impressionante fixa:

- Construamos uma torre bem alta no centro da floresta e de lá a comandemos! Tenhamos fé!

Os burros, ouvindo-a, mas não percebendo a sua intenção, aceitaram a sugestão. Começaram a trabalhar, dedicando o melhor de suas forças. Carregavam madeira durante a semana e, nos finais de semana, se consagravam ainda mais ao esforço. Com o firme propósito de conquistar mais rápido, envolviam os filhotes e as fêmeas no serviço.

A raposa, a quem levavam parte de seus alimentos como gratidão, passou a ser o líder do movimento de triunfo. As suas palavras eram animadoras e estimulavam o desejo de trabalhar:

- Não desanimem. Não haverá lugar para os covardes. As dificuldades de hoje servem para nos tornar melhores amanhã. Nada poderá nos deter. Fiquem firmes em suas posições. Avante!

Terminada a torre, fizeram a inauguração. Os orneios eram ouvidos de longe.

A raposa lá de cima, ao lado de sua família, fez seu discurso emocionada. Os burros, lá em baixo, choravam de alegria e de engano:

- A partir de hoje o reino dos burros começou. Eu sou uma simples raposa que sirvo a todos vocês com alegria e humildade. Esta torre é apenas a primeira entre as milhares que construiremos juntos. Em breve, com o esforço de todos, conquistaremos a floresta e teremos o melhor desta terra!

A partir de então, olhando sempre para o futuro, todos voltaram ao trabalho porque muito ainda havia para ser feito...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

DISJUNÇÃO

Hoje brevemente revi meu passado. Lembrei de pessoas, muitas pessoas de tempos passados. Com elas, recordei-me das ações que fiz, das decisões que tomei, de algumas palavras que disse, de alguns pensamentos que tive. Depois de sentir uma dor grave de tristeza, conclui o que nas épocas nunca percebia: errei em conjunto; me desjungi antes da disjunção.

MF