ADVERTÊNCIA

Este Blog contém algumas de minhas ideias, crenças e valores. Por não ter o objetivo de ser referência, não deve ser acolhido como "argumento de autoridade" e, muito menos, como verdade demonstrativa, cartesiana.

Aqui o leitor encontrará apenas reflexões e posições pessoais que poderão ser peneiradas e, por isso mesmo, rejeitadas ou aceitas, odiadas ou amadas. Assim, não espere encontrar fidelidade a alguma linha de pensamento ou a uma ideologia em particular. Permito-me a contradição, a incerteza, a hesitação, a descrença, a ironia; permito-me pensar.

Após as leituras, sei que uns concordarão, outros não, e haverá também os que encerrarão a visita levando uma pulga atrás da orelha. Não me importo. Se causar alguma reação, mesmo o desassossego, considero que atingi o meio. O fim fica por sua conta.

Abraços a todos e boa leitura.

PS: Acesse também: http://moisesolim1.blogspot.com.br/

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Se por milagre a cura autêntica de um corpo, que inevitavelmente deverá morrer, não advém do pensamento positivo, nem da afirmação contínua e repetida de palavras, mesmo das que são divinas,
por que a fé salvadora de alma eterna poderia ser simplesmente definida como afirmação de crença, mesmo que seja verdadeira?

Fé não é pensamento na verdade, ou afirmação dela; tão pouco, sentimento por ela. É experiência interior presente e nem sempre explicável, que só os têm sabem do que estou falando.

MF

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quando era pequeno, não achava nada, apenas era;
Quando era maior, achava que achava tudo e nada era;
Quando sou, não acho;
Quando poderia achar de verdade, não serei mais.

MF

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Paciência tem limite!

Nestas eleições, não paro de receber emails de pastores e leigos de diversas igrejas atacando esse ou aquele canditato. Mas não se trata de questionamentos inteligentes, de arguições sensatas, de estudos baseados em dados reais, de um debate sadio pronto a ouvir o outro. Não. São fofocas, mentiras, informações sem fontes, persuasões pelo medo, especulações, bisbilhotices, suposições infundadas, acusações sem provas e por aí vai.

Eu já sabia que os "evangélicos" produziam muita bobagem, mas agora descobri que eles são capazes de produzir, reproduzir e consumir muito excremento!

MF

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quero sempre sonhar diferente,
Não aquele que se tem de natureza,
Mas aquele que pesadeleia a alma,
Que assombra o espírito no cotejo de si com o real.
Pudesse eu apenas roncar de olhos abertos!

MF

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Predestinação

Perguntas que sempre me vêm à mente quando penso na predestinação calvinista:

Um ser humano não-predestinado, morto na tenra infância, está condenado pelo juízo divino? Ora, se a eleição, feita antes da fundação do mundo, unilateral e soberana, independe dos atos e das escolhas humanas durante a vida (de modo que a consciência individual ou a sua ausência não tem peso no processo), então esse ser previamente (na eternidade) rejeitado deverá ter o mesmo destino (tendo vivido o mínimo ou o máximo no mundo) daqueles que na fase adulta estão incluídos entre os não-agraciados. Isso me parece evidente.

Diante disso,  para resolver a contradição entre a não-participação do decreto eterno salvífico e a afirmação de Jesus de que "...delas (as crianças) é o reino dos céus", teologiza-se que Deus salva todas as crianças pelo fato de serem "inocentes" (entre aspas, porque todas nascem, segundo se crê na ortodoxia, culpadas do pecado original).

Essa solução, porém, nos conduz a novos problemas. Ora, se Ele as salva apenas por serem o que são (crianças sem consciência do pecado, embora tendo-o, por natureza), então a morte delas significa automática inclusão entre os eleitos, mesmo se na fase da consciência muitas fizessem parte dos preterizados. Ou seja, nesse raciocínio, uma criança seria salva porque morre sem consciência de seu pecado, mesmo que, no futuro viesse a ser eternamente condenada por não fazer parte dos eleitos.

Bom, se assim for,

- não estaríamos diante da indicação de que a presença ou ausência da consciência que arbitra tem papel importante (tão negado pelos calvinistas), tendo em vista que "ser criança (inconsciente)" ou "ser adulto (consciente)" diferencia o destino de alguém?

- Não estaríamos apontando a falha de tal "decreto perfeito" que não levou em conta essa condição?

- E mais, não se estaria justificando o infantício de faraó, de Herodes, de certas tribos indígenas, das meninas na China etc., uma vez que todos os mortos deixaram de ir para o inferno por serem "inocentes"? O infanticídio é uma ferramenta salvífica?

Poder-se-ia crer no absurdo de que Deus "arranja" o processo para que os assassinatos sejam apenas de crianças predestinadas? De minha parte, não duvido nem um pouco de que os calvinistas viessem a defender tal posição exdrúxula.


MF

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A igreja institucional

Afirmei por muito tempo que a Igreja Institucional estava doente. Ouvi muitos outros dizerem a mesma coisa. Infelizmente, devo declarar, tanto eles quanto eu estávamos errados: ela está morta.

MF